sábado, 11 de agosto de 2012

PGR: Algo vai mal na República de Portugal



Não. No Reino da Dinamarca tudo vai bem, ou pelo menos é isso que nos chega. É aqui na República de Portugal que tudo vai mal. Tudo? Se calhar estou a exagerar. Alguma coisinha vá. Neste caso específico falo da substituição de Pinto Monteiro como Procurador Geral da República. Diz o jornal Sol de 10 de Agosto de 2010, que se perfilam vários nomes para o cargo. Contudo, há um nome que se destaca: Henrique Gaspar, do Supremo Tribunal de Justiça.

Confesso que não posso elogiar ou criticar o nome. Não conheço. E é talvez isso que se quer. Já o seu antecessor era um ilustre desconhecido. Contudo, diz o Sol, é um nome consensual: entre o PS, PSD e CDS. Posso estar enganado, mas o Parlamento não tem mais dois partidos? O BE e o PCP não são tidos nem achados? Serão 15% dos portugueses párias sem PGR que os represente?

Finalmente, outro dos factores que me chamou a atenção foi o nome foi António Cluny. Disse ao Sol uma fonte do PSD que este nome “nunca passaria em Belém”. Porquê? “Cluny foi um dos líderes da greve de magistrados nos governos de Cavaco”. Quer-se alguém dócil, portanto.

Ou seja, o PGR que deveria ser alguém idóneo e independente está completamente condicionado pelo poder político. Mas não se pense que é só aqui que isto acontece. A PGR é só a ponta do icebergue.

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