sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Enron: A importância da regulação nas privatizações




O caso da Enron é paradigmático quando se advoga que é importante a regulação não só dos sistemas financeiros, mas também de outras empresas, noutros sectores económicos. A Enron, antes de “ir ao charco”, era responsável por grande parte da rede energética da Califórnia. Soube-se, através de chamadas que mais tarde foram desclassificadas, que esta empresa promovia “blackouts” para mais tarde subir o preço da eletricidade, não mostrando qualquer respeito pelas pessoas que serviam.


Como este caso há outros. A privatização da distribuição e gestão das águas em Paris, que levaram a aumento de preços na ordem dos 200%, ou quando Tatcher decidiu alienar os caminhos-de-ferro britânicos, o que levou a que as condições da linha (e doravante as condições de segurança dos utentes) fossem descuidadas. Estes casos falam por si. Aqueles que apoiam as privatizações a todo o custo e a que acusam o Estado de negligente naquilo que gere, têm nestes casos uma amostra de que os privados conseguem ser bastante piores. É por isso que a regulação e fiscalização por parte do Estado são tão necessárias. Apenas um órgão que seja escrutinado pela população, como são os governos democraticamente eleitos, têm a dimensão ética para conseguir fazê-lo.

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